segunda-feira, 2 de agosto de 2010
O círio mais belo do mundo
Só tem neste lugar
Santo Antonio padroeiro
Da bela Oriximiná.
Nos primeiros anos do círio
Tudo era simples e de coração
E depois de tantos anos
Continua com fé e dedicação.
Daquela pequena canoa
Simples e ornamentada
Daquele pequeno festejo
Para a festa mais animada.
Foguetes no céu a brilhar
Barquinhas iluminando o rio
O círio mais belo que há
Em todo o nosso Brasil.
O povo tem muita fé
Em seu santo protetor
Sempre deixam oferendas
Na berlinda e no andor.
Todo ano é diferente
A ornamentação da berlinda
Com adornos surpreendentes
Sempre ela é bem vinda.
No primeiro domingo de agosto
Com muita religiosidade
O povo espera o santo
No porto de sua cidade.
Romeiros de todas as cidades
Vem suas promessas pagar
Com muita fé e humildade
A festa de seu padroeiro apreciar.
O povo vem todo dia
Sempre muito feliz
Para praça ver barracas
Ou assistir missa na Matriz.
Venha apreciar este círio
O mais belo que há
A maior festa do povo de Oriximiná.
Fábio Barbosa
Oriximiná-Pará-2003
sexta-feira, 9 de julho de 2010
O brasileiro parou para ver os jogos da seleção. Comprou televisão nova em longas prestações, decorou a casa de verde e amarelo e ainda, acreditou que nosso futebol fosse maior do que os problemas cotidianos. Durante algum tempo vivemos a ilusão de que um time nos ajudaria a vencer nossas próprias limitações. Mas como tudo que é bom dura pouco, logo voltamos para a realidade e nossos jogadores nos decepcionaram perdendo para a Holanda.
O barulho das vuvuzelas ouvidos antes com tanta freqüência foi substituído por um silêncio amargo e lamentações. Nas ruas ninguém comentava nada e os poucos que ousavam a fazer isso, culpavam o Dunga pelo fracasso. Na verdade a culpa não dele e sim do sistema da Copa que como alguns especulam já tem um vencedor pré-determinado muito antes do campeonato começar. Essa “lenda” é a explicação mais lógica para certos fatos que só muita poeira embaixo do tapete pode explicar.
Ficamos decepcionados. Calados e com lágrimas nos olhos, mas o que mais me faz pensar após a Copa é o fato de que somos “patriotas momentâneos”. Por causa de um jogo de futebol o país pára, vira feriado nacional, mas no mesmo ano em que vamos escolher o representante maior de nossa democracia não temos a mesma atitude e muito menos o mesmo entusiasmo. Pode ser que Copa seja mais interessante do que os debates eleitorais, mas o jogo é o mesmo. Interesses pra lá e pra cá que mudam e afetam a vida de todos nós. Então por que não participar?
A torcida pela nossa seleção é justa e de direito. Mas e o Brasil como fica? Vai ficar entregue aos caciques políticos que a cada quatro anos renovam seu contrato com o povo de não fazer nada e viajar às nossas custas. Torcer é bom, jamais quando estamos sendo representados por bons jogadores, então esta na hora de acordarmos desse sono democrático e enfim torcer e escalar uma seleção de políticos que vistam a camisa e joguem por nós e não por seus próprios interesses.
Vamos também vestir a camisa. Sair às ruas, lutar e mais uma vez ser patriota. Em outubro é hora da decisão e não podemos perder um lance, afinal se o time não for bem escolhido vamos amargar mais uma decepção no mesmo ano em que nossa seleção fez vergonha na África do Sul. Escolher um político nesta eleição vai ser mais fácil do que a pressão que Dunga deve ter tido para levar aquele time altamente comercial.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Nos primeiro dias fiquei organizando os arquivos da TV. Minha rotina mudou. Agora todos os dias eu acordava às 5h da manhã para me arrumar e estar no Cenpes às 7h e 30 min. Demorei um pouco para me acostumar, mas logo entrei no ritmo. Durante as primeiras semanas fui conhecendo aos poucos as pessoas, mas duas eu já tinha visto. Derbio, o câmera e, Marianna, uma das repórteres. Os dois estavam presentes no dia da minha entrevista para o estágio e foram eles que, sem dúvida, deram força para que eu fosse o escolhido na seleção. Os dois foram super solícitos comigo, deram a maior força! Derbio me ensinou muito sobre reportagem de TV, de como segurar no microfone até eixo de câmera. Foi uma aula estar ao lado dele. Marianna sempre me deu força e dicas. Sempre com bom humor, ela é muito especial para todos da equipe.
Ainda tive a oportunidade de acompanhar algumas pautas do Júlio (repórter). A primeira delas foi sobre risers flexíveis, palavra que nunca tinha ouvido falar, mas que tive a oportunidade de conhecer, como tantas outras. Ele me deu várias dicas sobre a linguagem da comunicação da Petrobras e de como elaborar uma matéria com um assunto tão específico.
Assistindo os arquivos da TV eu fiquei curioso para conhecer a outra repórter (Vanessa) que na época estava de férias. Eu via os vídeos e ficava impressionado com a postura e elegância dela. Enfim quando ela voltou, eu a conheci. Vanessa foi desde o primeiro momento, simpática e atenciosa. Alguém já ouviu falar de H2S? Ele é um dos mais temidos agentes de riscos encontrados em alguns campos de petróleo. Também é conhecido por Gás Sulfídrico e pode originar-se de várias fontes e muitas vezes é resultante de processos de biodegradação. Pois é, foi esta pauta que ela tinha de fazer e eu a acompanhei. Foi bem divertido. Googlei o assunto e fiz até uma apostila para ir lendo. Incrível!
Ainda nos meses seguintes eu me aproximei mais da Talita (a produtora). Ela leu um texto meu, fez algumas correções e me deu altas dicas. Sempre disposta a ajudar foi a pessoa com que mais conversei no Sametime em dez meses (Same é o MSN interno). Excelente fotógrafa e produtora eficaz ela foi a responsável pela produção da minha primeira matéria, sobre propriedade intelectual. Não tenho nem palavra para agradecer a ela por toda atenção e carinho que sempre me fizeram sentir em casa. Hoje ela ainda esta comigo em um outro projeto e tenho certeza de que vamos longe!
Na técnica encontrei as figuras mais inesquecíveis: Clayton, Aluísio e Anderson. Perfis completamente diferentes, mas que junto foram uma família muito divertida. Clayton é uma figura que só conhecendo para entender. Alísio tinha de entrar no CQC ou algum programa de humor assim, ele ia mandar muito bem. O Anderson é outra figura, me ajudou bastante com trilhas sonoras (BGs) e sempre contava as histórias do seu filhinho que nasceu, papai coruja ele...
Ainda tem o Pedro (câmera) e o Ricardinho. O primeiro super competente em seu trabalho e sempre dando dicas para melhorar o TV. O segundo outra figura. O cara manja tudo de edição, computadores e programas. Mas tudo mesmo! E sempre tem alguma coisa para contar e fazer a gente rir. E pra completar o ele é chileno, naturalizado brasileiro... Imagina só!
Se fosse contar cada história de todo esse tempo, escrevia um livro. Mas aqui é apenas um registro da saudade que vou sentir dessas pessoas. Mais do que colegas de trabalho, foram uma verdadeira família. Rimos, choramos, nos divertidos e ainda construímos laços que mesmo distantes vão se manter.
Nesse período aprendi muito. Decidi efetivamente que quero trabalhar com TV e que amigos como estes, não existe igual. E para eles, eu só tenho de dizer muito obrigado e reforçar que por onde a gente estiver, nunca ninguém vai conseguir tirar aquilo que nos faz ser bom: o nosso talento! Para trás ficam as pautas tecnológicas, as reuniões, os almoços e o café da manhã na bancada do telejornal... mas sempre terei orgulho de dizer que fiz parte da família TV Cenpes!
Abraços amigos e até breve,
Fábio Barbosa
terça-feira, 27 de abril de 2010
Se a cada perda você morrer, então não vale a pena viver. Elas são apenas o começo...
Na vida perder as pessoas é a coisa mais comum do mundo. Perdemos nossos pais; a primeira namorada, ou ainda, os amigos do colégio. Na infância perdemos os brinquedos que ganhamos no natal. Na adolescência perdemos o juízo. Na juventude vamos perdendo os medos e arriscando mais nas incertezas. São tantas perdas, mas mesmo assim a vida continua a nos provar que perdas são como o passado, você pode tentar esquecer, mas ele sempre continuará ali te acompanhando.
Chega um tempo em que queremos estabilidade, sonhamos com as conquistas pessoais e profissionais. Mas nada disso ainda é o suficiente para superar as perdas. Elas insistem em ficar e acabamos perdendo tempo, pensando nelas e no quanto a ausência de pessoas e coisas nos fazem mal.
Somos, sem dúvida, uma caixa de perdas cotidianas. Perdemos células todos os dias, afinal elas morrem para serem renovadas. Perdemos a oportunidade de dizer algo importante, como se declarar ou apenas demonstrar sentimentos. Perdemos o sono quando alguma coisa nos incomoda ou nos deixa ansiosos. Perdemos a fé quando nunca a tivemos. Perdemos a chance de ficar calados quando o momento é de silencio e ainda perdemos a piadas, quando chegamos atrasados ou não entendemos.
Perdemos muito ao longo dos anos. E no fim, na velhice, alguns ainda perdem a memória. Imagina o quanto deve ser ruim não lembrar de toda uma vida ou apenas de flashes. Tudo nesta vida gira em torno de uma perda. Quando nascemos somos uma perda para nossas mães, afinal se pudessem nos carregariam eternamente em seu ventre para no livrar do perigo que é viver. Os dentes de leite que se vai também são uma perda.
Todo o processo de vitórias na vida começa com uma perda. Ninguém vira presidente de uma empresa sem antes perder o cargo anterior. Nenhum de nós casa sem perder a condição de solteiro. Nem separa sem perder a de casado. Ou seja, perdas fazem parte de cada um de nós e precisamos entender que depois delas, sempre virão outras e mais outras, mas isto não significa que perdemos... É preciso muito mais do que uma vida de perdas, para dizer se você ganhou ou não. Perder às vezes é apenas o primeiro passo para a vitória futura.
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Ontem (21/04) fui na apresentação da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) no Jardim Botânico. O concerto foi em homenagem aos 50 anos de Brasília e ao maestro Tom Jobim.
Sem dúvida nenhuma foi um momento inesquecível. A apresentação foi tocante, emocionante e única. O destaque da noite foi a 4ª Bachiana de Heitor Villa-Lobos. O solo de violino aconteceu bem na minha frente, olhava atento aos gestos do músico que emocionou a todos.
sexta-feira, 5 de março de 2010
Na voz da inesquecível Celine Imbert, letra de Roberto Carlos.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Esta canção tem uma letra muito importante pra mim. Nas entrelinhas há uma mensagem de amor sem igual, de companheirismo e dedicação, coisas estas raras no dia de hoje. No show Elas Cantam Roberto Carlos, Hebe Camargo interpreta esta música de forma inesquecível. Para mostrar a todos vocês esta bela canção encontrei ela na voz de Maria Bethania, interpretação memorável também. Vale a pena ouvir!
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
Neste dia de verão,
Um calor entra pela janela ainda entreaberta.
Aquela luz solar invade o quarto e ilumina meu rosto.
Nasceu um novo dia e eu fiquei mais velho.
Não sei ao certo o quanto vou viver.
Não sei direito onde quero chegar.
Mas sei que hoje não é um dia a mais.
Neste despertar quero acordar os pensamentos,
Reviver as boas lembranças e comemorar as alegrias.
Ainda não sei como será o amanhã.
Nem quanto vou ter de caminhar em busca dos sonhos,
Mas mesmo que não haja estrada, eu vou lutar.
Mesmo que não exista futuro, eu vou viver o hoje esperando pelo amanhã.
Vou insistir em amar, mesmo não tendo a certeza da reciprocidade.
Eu não vou chorar,
Vou apenas sentir as lágrimas que não caíram.
Vou sorrir pelo dia que tive e pela chance que me deram de estar aqui.
Quero agradecer aos meus irmãos pela companhia
Que me fortalece a cada instante.
Hoje eu vou viver,
Para o incerto que é viver.
Para as desventuras do destino e os descasos da existência humana.
Que as pedras que jogaram se desfaçam sob meus pés
E que as sombras sejam radiadas pela janela aberta.
Que o dia comece bem e termine sem chances de eu sentir saudades do que não fiz.
É mais um dia na vida de um poeta....
Fábio Barbosa
Rio de Janeiro, 01 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Eu tenho vontade de estar,
sonhar e pensar.
Viver isso que sinto.
Sentir o calor mais uma vez,
e conseguir abraçá-lo sem fim.
Ah essa história lúdica de paixão.
Mata e destroça a nossa imaginação.
Tranforma nossos rios em riachos.
Modifica nossa visão desse mar.
Não sei por onde anda a saudade,
só sei que vem sempre me visitar.
Cheia de adornos diferentes,
vestida de negro, como se o luto que carrega no peitofosse infinito.
Escultei até os passarinhos.
Cantaram para mim ao por-do-sol.
Um até sorriu e disse - olá!
Mas não era aquele que queria
prefiro as aves que voam mais alto.
Que ousam arricar-se junto as nuvens.
Nessa vontade que tenho.
Tem floresta, mato e capim.
Cheio de interior, de café da manhã nativo,
de paixão vivida sem fronteiras.
É nesse paraíso que mora e repolsa a minha coragem
de arriscar e me entregar.
Deixar de imaginar e começar a viver tudo isso.
Mas enquanto cresço, amadureço pelo caminho de espinhos.
Onde meus pés pagam pela minha imprudência de não seguir na outra direção.
Vou ter coragem em breve.
Preciso romper as amarras que puseram,
vou conseguir voar, mas preciso de suas asas...
Fábio Barbosa
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Ouvi esta música neste final de semana, achei a letra simplesmente única. Vale a pena ouvir...
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Neste final de semana parei para pensar o quando o ano que passou foi especial. Não posso dizer que ele começou bem, mas aos poucos, com o passar dos meses, as coisas foram melhorando. Em especial neste último mês do ano onde tanta coisa aconteceu em minha vida que ainda nem me dei conta do quanto foi especial.
Quero acima de tudo agradecer a Deus por ter me dado a oportunidade de viver tantas realizações em um único ano. Se fosse enumerar aqui o nome de todas as pessoas que colaboraram para algumas das conquistas que consegui teria de fazer um Blog só para isso. Mas quero destacar minha família que sempre, em todos os momentos está comigo, mesmo separados pela distância; os meus amigos de faculdade que são, sem dúvida nenhuma minha segunda família; os amigos do trabalho, seja na TV Cenpes ou no Folha Zona Sul e, ainda no Portal A1, todos sempre tão carinhosos comigo; e todos aqueles que por menos próximos estejam de mim torcem pelo meu sucesso.
Enfim, 2009 deixará saudade, com certeza. Mas 2010 chegou para ser ainda melhor. Então vamos lá viver mais este ano que promete...